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Foto do escritorWilian Fabricio Pereira

O Plano de Negócio morreu! E agora?


Sim, é isto mesmo que você leu, o Plano de Negócio da forma que conhecemos morreu, ao menos para alguns negócios, em especial os negócios de tecnologia, e, às empresas tidas como Startups, para estes, há estratégias mais eficientes e eficazes para planejar, executar e pivotar o negócio. Com técnicas como BMC - Business Model Canvas, MVP - Minimum Product Viable, SCRUM e outras é possível obter maior agilidade, o que é indispensável nestes ambientes de negócio mais dinâmicos.

A boa notícia é que para os negócios, tidos como "tradicionais", o Plano de Negócio, assim como conhecemos, está mais vivo que nunca e é extremamente válido e útil ao empreendedor.

No post de hoje vou apresentar o conceito de Plano de Negócio, ou do inglês, Business Plan, para facilitar o entendimento do que é e como aplicar o mesmo.

O Plano de Negócio é o documento enfocado na criação e análise de viabilidade do negócio, comumente elaborado na fase de ideação do negócio, onde se define em linhas gerais todos aspectos necessários à abertura da empresa, desde a análise do mercado, os produtos e serviços a serem comercializados, a equipe, as ações de marketing, as decisões quanto aos sistemas e tipo de empresa e a principal análise de todas, a análise financeira.

É no plano de negócio que o empreendedor avaliará se o negócio é rentável ou não, qual o Payback, qual o ponto de equilíbrio, qual a necessidade de capital de giro e qual o ROI do empreendimento.

Pensando nisto, é válido ressaltar, que não há um modelo padrão de Plano de Negócio, da mesma forma que no Gerenciamento de Projetos, possuímos o Guia PMBOK (não conhece o Guia, vide o post Os 5 P's do Gerenciamento de Projetos) que apresenta as Boas Práticas de GP, e que deve ser customizado pelo Gerente de Projeto, aqui a lógica é a mesma.

Cada Plano de Negócio possui uma "cara" distinta, ou seja, ele deve ser customizado em função das necessidades do negócio, ou seja, uma empresa que trabalha com produtos atua de forma distinta de uma empresa que trabalha com serviços, nesta mesma lógica, uma loja de roupas física possui necessidades totalmente diferentes de uma loja de roupas que vende via E-Commerce.

Vou apresentar abaixo uma estrutura inicial de Plano de Negócio para explicar quais componentes comumente aplicam-se ao referido documento, lembrando que este é apenas um ponto de partida e que você deverá customizar seu Plano com o que faça sentido ao seu negócio:

  • Sumário Executivo: Consiste na descrição geral do negócio abordando os principais aspectos do respectivo plano, contém geralmente uma página e resume o plano desde os dados de mercado até a rentabilidade do empreendimento.

  • Modelo de negócio: Consiste no desenvolvimento do Business Model Canvas, ou seja, o modelo de negócio com o objetivo de compreender a forma a qual a organização cria, entrega e captura valor.

  • Pesquisa e Análise de Mercado: Consiste na identificação e análise de mercado, concorrentes, fornecedores e clientes.

  • Plano Estratégico: Consiste no desenvolvimento da estratégia de empresa, abordando Missão, Visão e Valores e outras análises estratégicas.

  • Plano de Produtos e Serviços: Consiste na definição dos serviços a serem prestados e/ou produtos a serem comercializados, condições, precificação e demais informações referentes aos produtos e serviços da empresa.

  • Plano de Recursos Humanos: Consiste na definição do plano de contratação, organograma, funções e responsabilidade dos sócios e colaboradores, assim como a capacidade produtiva da equipe.

  • Plano de Marketing: Consiste nas principais definições de Marketing, como estratégias de comunicação e publicidade de lançamento do negócio, kit inicial de marketing, investimentos necessários e outras análises estratégicas.

  • Aspectos Jurídicos e Contábeis da Empresa: Consiste na definição de aspectos como natureza jurídica, regime tributário federal, estadual e municipal e suas respectivas alíquotas.

  • Plano de Tecnologia da Informação: Consiste na definição de softwares, descrição de suas funcionalidades, aplicabilidade e valores.

  • Plano de Gestão de Riscos: Consiste na identificação dos riscos que o negócio possa enfrentar para criação de estratégias de atuação que favoreça os riscos positivos e que evite ou mitigue os riscos negativos.

  • Plano Econômico Financeiro: Consiste no levantamento do financiamento e investimento necessário, estimativa de vendas / receitas e estimativa de despesas, como: despesas administrativas, financeiras, com equipe administrativa e técnicas e outras. Por fim, temos a DRE – Demonstração de Resultados do Exercícios para um horizonte de 3 a 5 anos e a análise de indicadores.

  • Plano de Implantação: Consiste na elaboração da estratégia de implantação contendo: EAP, lista de tarefas, Cronograma etc.

Por fim, um ponto importante a comentar é que um Plano de Negócio não salvará se negócio, muito menos garantirá que seu negócio seja um sucesso, entretanto, ele te proverá informação que lhe permitirão tomar decisões mais assertivas, definir a melhor estratégia e minimizar os riscos do negócio.

Em tempo, fica um alerta, cuidado para não ficar refém do plano de negócio, os mercados mudam, e você precisa responder à altura, não é porque você colocou no seu plano de negócio que sua empresa prestará 5 tipos de serviços no primeiro ano, que você ao notar uma demanda de mercado não poderá criar um sexto. O Plano de Negócio não pode e não deve ser burocrático, nem como, engessar o empreendedor, é preferível um plano de negócio curto, mas objetivo, do que um plano de negócio extenso, só para "inglês ver". E acredite, tenho propriedade de causa por já ter passado por ambas situações.

Espero que tenham gostado pessoal, deixo também um último lembrete, curtam nossa página no Facebook e compartilhem esse artigo com aquele seu amigo que quer começar um novo negócio.

Um abraço e até a próxima semana!

Image by rawpixel.com

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